Paulo Guidelly se prepara para estrear na segunda temporada de “Rabo de Peixe”, série original portuguesa da Netflix. Na trama, que chega à plataforma no dia 17 de outubro, o ator atua ao lado dos brasileiros Paolla Oliveira e Caio Blat.
“Meu personagem está no núcleo dos vilões da segunda temporada. Ele é um dos braços direitos deles na trama. É um personagem intenso, que se move nas sombras, faz o serviço sujo e traz uma carga dramática interessante. Foi um desafio que me instigou muito como ator”, adianta Paulo.
O convite para participar da produção foi feito um mês antes de terminarem as gravações da novela portuguesa “Cacau”, na qual Paulo interpretou Tiradentes. As gravações foram feitas em Lisboa e na Ilha de Açores nos meses de abril, maio e junho de 2024. “Entendi o sucesso de “Rabo de Peixe” quando contei para alguns portugueses conhecidos que estava no elenco, todos me felicitaram alegando que é um projeto que muitos atores portugueses gostariam de fazer parte. Foi uma experiência muito rica. A entrega dos atores portugueses é muito forte, e mesmo com algumas diferenças culturais, houve conexão imediata. Foi uma troca profunda, que levo comigo”, relembra.
“Estou muito ansioso com a estreia! A espera foi longa, mas necessária, e agora chega uma temporada ainda mais instigante para o público que acompanhou a primeira fase da história. Tenho certeza de que os fãs vão se surpreender com os novos rumos da trama”, acrescenta Guidelly.
Na trama, protagonizada por José Condessa, que traz no elenco Helena Caldeira, André Leitão, Rodrigo Tomás, Maria João Bastos e Albano Jerónimo, um rapaz vê sua vida mudar quando encontra um barco carregado de uma tonelada de cocaína, começa a vendê-la com seus amigos, mas acaba tendo que enfrentar as consequências dessa atitude.
Além dos personagens portugueses, Paulo pode dividir muitas cenas com Caio Blat e Paolla Oliveira, ele vive o capanga dos vilões vividos pela dupla.
“Foi um privilégio. A Paolla e o Caio são artistas com trajetórias sólidas, e muito generosos em cena. Me receberam super bem, o que facilitou muito a construção das relações entre os personagens. Tivemos momentos de escuta, troca, e também leveza entre uma cena e outra. Foi uma parceria que me marcou”, relembra o ator.
Uma das memórias mais marcantes do período de gravação para Paulo foi um pouco mais pessoal: enfrentar seu medo de voar. “Durante dois meses, precisei fazer deslocamentos aéreos semanais entre Lisboa e os Açores, mais especificamente a Ilha de São Miguel, onde foram gravadas muitas cenas externas da série. Apesar da tensão, esse trajeto me proporcionou encontros incríveis, os açorianos foram extremamente calorosos e receptivos. Também foi inesquecível conhecer de perto as paisagens paradisíacas do arquipélago dos Açores. Fazer a série foi um privilégio enorme, uma verdadeira delícia como experiência de ator”, relembra.
Paulo conta que foi durante as gravações da série que teve um primeiro contato com a popularidade de seu trabalho em Portugal, especialmente por causa do personagem Tiradentes, da novela “Cacau” (TVI, 2023/2024), que estava no ar naquele período. Ele lembra ter sido abordado em shoppings, restaurantes, supermercados e até durante as gravações externas nas ruas da ilha.
O ator segue se mostrando uma revelação na atuação. O curta metragem “E Seu Corpo é Belo”, no qual protagonizou, foi finalista do Prêmio Grande Otelo 2025, uma das premiações de maior prestígio do cinema brasileiro. A produção, que teve sua estreia no Festival do Rio em 2024, se tornou finalista na categoria Melhor Curta Ficção. O curta foi premiado com três Troféus Candango no 57º Festival de Brasília, na categoria Melhor Curta Carioca do Festival Internacional de Cinema Rio LGBTQIA+, e exibido em festivais em Tiradentes, Salvador e Colômbia.
No momento, Paulo grava o longa “Mate Todos os Lobos”, com direção de Vinícius Moras. Ambientado durante os anos de chumbo da Ditadura Militar brasileira, o longa reinventa, por meio da ficção, a pouco conhecida história da Guerrilha do Caparaó, primeiro levante armado contra o regime no Brasil. Mais do que um resgate histórico, esta narrativa é um mergulho nas profundezas do afeto, da resistência e da ancestralidade negra. Nele, o ator interpreta Amadeo, o protagonista da história, que se apaixona por outro homem e pode se transformar em lobo. As filmagens se iniciaram em agosto.