A atriz Sofia Starling vive um momento importante na carreira. Conhecida do grande público por trabalhos em Malhação e Vai na Fé, ela retorna ao centro das atenções como a delegada Giovanna Torres, protagonista de Xeque Mate, websérie que soma mais de 75 milhões de visualizações no mundo. A segunda temporada estreia em breve nas plataformas digitais, com pré-estreia marcada para 3 de agosto no cinema do UCI New York, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Formada em Artes Cênicas pela Casa de Artes de Laranjeiras (CAL) e com treinamento no método ultrarrealista do CT, Sofia alia técnica e paixão para construir personagens complexos. Fora dos sets, é fundadora e CEO da Blisstar, plataforma dedicada a bem-estar, autoconhecimento e saúde mental, que oferece aulas de yoga, meditação, astrologia e práticas energéticas.
Em entrevista ao Site GLP4, a artista compartilhou os bastidores de sua trajetória, refletiu sobre a força da representatividade e revelou o desafio de equilibrar arte e empreendedorismo.
“É muito gratificante perceber a construção do meu trabalho. No início a gente vai aceitando participações menores, mas vai crescendo até conquistar algo como a Giovanna: uma protagonista cheia de nuances e complexidades. É um lugar de reconhecimento do meu trabalho e da minha trajetória, que é longa e sinuosa. O importante é a história que está sendo contada, e esse protagonismo me dá espaço para mostrar tudo isso.”
Para Sofia, o sucesso da série é resultado de um encontro de públicos e de uma narrativa bem costurada. “Xeque Mate é um sucesso que já era um pouco previsto, porque a produtora PontoAção tem uma jornada de dez anos no YouTube e um público fiel. Somamos diferentes públicos: fãs da produtora, de Fifth Harmony que vieram das fanfics, meu público da TV, e o dos outros atores. Além disso, a história é muito bem amarrada e tem representatividade, o que cria um engajamento poderoso e faz a série furar bolhas.”
A atriz destaca o desafio de viver a delegada Giovanna, personagem distante de sua própria personalidade. “O maior desafio foi a discrepância entre a personagem e eu. Giovanna é quase meu oposto. Foi incrível construir essa vida dentro de mim, dar corpo e autenticidade a uma realidade tão distante. Eu sempre fiz personagens estereotipados e ela é totalmente fora de qualquer padrão, o que me empolgou desde o teste.”
Além da carreira artística, Sofia se dedica à Blisstar, plataforma que define como “uma egrégora de amor”. “Misturo astrologia, yoga, meditação, insights de psicanálise e exercícios respiratórios. A ideia nasceu do contato com fãs que me procuravam em busca de autoconhecimento. Quis compartilhar ferramentas que me ajudaram e oferecer apoio em momentos desafiadores.”
Conciliar tantos papéis exige disciplina. “É difícil. Trabalho em ritmo intenso, às vezes sete dias por semana. Hoje minha vida gira em torno do trabalho, mas sei que é uma fase para construir um legado. Meu foco principal sempre será a arte, mas preciso conciliar outras áreas para ter estabilidade financeira. Se tiver que abrir mão de uma publi em prol da minha carreira, eu abro.”
Sobre sua formação, a atriz ressalta a importância do treinamento técnico. “Minha base teórica vem da faculdade, mas o método ultrarrealista, que estudo há cinco anos no CT com Guilhermo Marcondes, é o que rege meu trabalho. Foi um divisor de águas e me abriu muitas portas.”
Sofia também recorda os momentos que a fizeram ter certeza de sua vocação. “Lembro de dois marcos: quando fiz Detetives da Ciência, minha primeira protagonista aos 14 anos, e agora com Xeque Mate. Depois de altos e baixos, era a oportunidade de mostrar meu trabalho com consistência. Foi quase uma resposta às minhas orações.”