A atitude drástica visa livrar sua sobrinha, Heleninha (Paolla Oliveira), da prisão, que se tornou a principal suspeita do crime que parou o Brasil.
A confissão de Celina acontece em um momento de pura tensão e desespero. Heleninha, lutando contra o alcoolismo e com a memória fragmentada da noite do assassinato, convence-se de que é a responsável pela morte da mãe. Atormentada pela culpa, ela decide se entregar à polícia.
É nesse ponto que Celina intervém de forma heroica e sacrificial. Para impedir que a sobrinha assuma a responsabilidade por um crime que ela acredita que não cometeu, Celina se apresenta às autoridades e narra uma versão dos fatos que a coloca como a autora dos disparos que mataram Odete. Em seu depoimento, ela alega que agiu em um momento de fúria e descontrole, pintando um quadro convincente para os investigadores.
A decisão de Celina choca a todos e adiciona uma nova camada de complexidade ao mistério “Quem Matou Odete Roitman?”. A situação se complica ainda mais pelo fato de que as impressões digitais de ambas, tia e sobrinha, foram encontradas na arma do crime, deixando uma brecha para dúvidas sobre a veracidade da confissão.
Com a prisão de Celina, Heleninha é libertada, mas a um custo emocional altíssimo. A sobrinha agora vive o drama de ver a tia presa em seu lugar, em um sacrifício que levanta questionamentos sobre os limites do amor familiar e o peso de segredos devastadores.
Essa reviravolta no roteiro do remake, escrito por Manuela Dias, difere do desfecho original da novela de 1988. Na primeira versão, a assassina de Odete Roitman (interpretada por Beatriz Segall) foi Leila (Cássia Kis), que matou a vilã por engano, pensando que estava atirando em Maria de Fátima (Gloria Pires). A mudança no desfecho promete manter o público preso à trama até o último capítulo, ansioso por descobrir se a confissão de Celina é a verdade absoluta ou um ato final de proteção.